Roma 2: Pantheon
- Anna Karen Moraes Salomon
- 7 de abr. de 2015
- 4 min de leitura
Atualizado: 23 de mai.
O Pantheon de Roma: o templo romano dedicado a todos os Deuses do panteão romano se tornou, no século VII, um templo cristão, sobreviveu intacto durante mais de vinte séculos.

Dicas de Visita
Horário: das 8:30 às 19:30h e aos domingos, das 9 às 18 h
Preço: grátis
Tempo para Ver: 15-20 minutos.
Endereço: Piazza della Rotonda, 00186 Roma, Itália, a 5 minutos a pé da Piazza Navona e a 8-10 minutos da Fontana di Trevi

Origem do nome "Pantheon da Agrippa"
Panteão deriva de pan (todo) e théos (deus) e significa “o conjunto de deuses de determinada religião”. Também conhecido como Panteão de Agripa (cônsul que o mandou construir).

Importância na história e influência na arquitetura
O Panteão é o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação. É famoso pela sua cúpula.

Influenciou muito várias gerações de arquitetos ocidentais do Renascimento até ao século XIX.
Muitos auditórios de cidades, universidades e bibliotecas copiam o seu estilo (a "Rotunda" Thomas Jefferson, na Universidade da Virgínia; a Law Library da Universidade de Columbia ou a Biblioteca Estadual de Victoria).
A História do Pantheon
A construção inicial, consagrada a Júpiter, foi realizada no 3º consulado de Marcus Vipsânio Agrippa em 27 a. C. durante a República Romana.
Ainda hoje, o seu nome está inscrito sobre o pórtico: M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT ("Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul").

O Panteão de Agripa foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído entre 118 e 128, durante o reinado do imperador Adriano, como se vê nas datas impressas em seus tijolos.
A inscrição original de Agripa foi reinserida na fachada da nova construção como era comum nas reconstruções de Adriano.

Adriano caracterizava-se pelo seu cosmopolitismo, viajou bastante pelas regiões orientais do império, e foi um grande admirador da cultura grega. Adriano participou ativamente na sua concepção.
O Panteão nasceu do seu desejo de fundar um templo dedicado a todos os deuses, num gesto ecumênico ou sincretista que abarcasse os novos povos sob a dominação do Império Romano, já que estes ou não adoravam os antigos deuses romanos ou adoravam-nos sob outras designações.

Em 608, o imperador bizantino Focas ofereceu o edifício ao Papa Bonifácio IV que o consagrou, em 609, como igreja cristã dedicada a Santa Maria e Todos-os-Santos (Mártires) - nome que mantém atualmente.

A consagração como igreja salvou-o da destruição deliberada que as antigas construções da Roma antiga sofreram no período medieval. A única perda registrada são as esculturas que adornavam o frontão, acima da inscrição relativa a Agripa. O interior de mármore e as grandes portas de bronze resistiram ao passar do tempo, ainda que restauradas mais de uma vez.
Arquitetura externa do Panteão
Com a maior cúpula conservada da antiguidade, edifício foi durante muito tempo a maior de toda a Europa Ocidental, até que Brunelleschi criou a cúpula do Duomo de Florença, completada em 1436 e, posteriormente, pela Basilica de Sã Pedro no Vaticano.

É formado por um tambor cilíndrico de 44 metros de diâmetro, sem decoração, coroado por uma cúpula arrematada interiormente por degraus concêntricos.
A entrada no templo é marcada por um profundo pórtico de 3 naves e 8 colunas criando a intenção romana de uma fachada monumental.
Originalmente subia-se aí por largos degraus, mas a subida do nível da praça soterrou este elemento arquitetônico.

Arquitetura interna do Panteão
O edifício circular tem um pórtico (também denominado pelo termo grego "pronaos") com três filas de colunas (8 colunas na fila frontal, 16 ao todo), sob um frontão.

Como o Panteão de Roma foi dedicado a todos os deuses, ou, mais especificamente, às divindades planetárias que, em número de sete, justificam os nichos com altares existentes no interior.

O teto é abobadado, sob uma cúpula que apresenta alvéolos (em forma de caixotões), em direção a um óculo. Estes alvéolos, além de serem utilizados esteticamente, também foram pensados para diminuir a quantidade de concreto (betão) a ser utilizado na estrutura, tornando-a mais leve.

Da base da rotunda até ao óculo vão 43 metros - a mesma medida do diâmetro da base - o que significa que o espaço da cúpula se inscreve no interior de um cubo imaginário.

O Pantheon hoje (e nos últimos séculos...)
Desde o Renascimento que o Panteão é utilizado como última morada de personalidades italianas ilustres, como os pintores Rafael e Annibale Carracci, o arquiteto Baldassare Peruzzi, além de dois reis de Itália: Vítor Emanuel II e Humberto I.
Ainda que a Itália seja uma república desde 1947, membros voluntários de organizações monárquicas italiana mantêm uma vigília contínua junto dos túmulos reais no Panteão.
Os republicanos reclamam frequentemente contra essa prática, mas autoridades católicas, autorizam-na, ainda que seja o Ministério do Patrimônio Cultural Italiano o responsável pela sua segurança e manutenção.














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