Itália - Sicília: Monte Etna

Na costa leste da Sicília, a gente visitou mais um tesouro da ilha: o Monte Etna, o vulcão mais ativo da Europa.

Vindo da palavra grega Aitna, Etna pode ser traduzido como “queimar violentamente”.  Nada mais propício!

Suas frequentes e algumas vezes dramáticas erupções o transformaram em um tema recorrente na mitologia clássica: o rei dos ventos Éolo confinou por lá os ventos; o gigante Tifão foi preso sob o vulcão e foi a causa de suas erupções; o deus do fogo e da forja Vulcano (Hefesto no grego) tinha ali sua forja, assim como os Ciclopes, que fabricavam sob o Etna os raios de Zeus. É muita imaginação, mas a grandiosidade da montanha justifica essa criatividade.

Pela sua localização icônica, por ser a maior montanha situada em uma ilha (ocupa uma área de 1.190 km²), e ser o quinto vulcão mais ativo do mundo, este gigante é Patrimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Ele é considerado um vulcão jovem: se formou há “apenas” 500 mil anos! Ainda hoje, a altura de seu cume muda a cada evento geológico; somente nos últimos 4 anos, devido às recentes erupções, ele aumentou mais de 30 metros, atingindo 3.357 metros de altura.

O Monte Etna é na verdade um aglomerado de vários vulcões: no seu topo há cinco grandes crateras (as principais) e ao longo do edifício vulcânico, outras dezenas de crateras menores, como as crateras Silvestri, que ficam a 2000m de altitude. 

Raramente suas erupções causam grandes danos; a mais destrutiva decorreu entre março e julho de 1669, matando 20.000 pessoas; a última foi em 2021!

A maioria dos passeios por lá começa no Refúgio Sapienza, próximo às Crateras Silvestri. Em seguida, um teleférico e  depois um ônibus 4×4 levam até a trilha de caminhada, a cerca de 9.500 pés de altitude.

A partir daí, o trecho onde é permitido caminhar varia de acordo com o nível de atividade do vulcão…e do visitante! De qualquer maneira, será recompensado com as vistas mais deslumbrantes da ilha!