Grécia: Dodecaneso - Um Resumo
- Anna Karen Moraes Salomon
- 29 de ago.
- 4 min de leitura
Atualizado: há 5 dias
O GiraMondo visitou em 2025 só uma parte do Arquipélago do Dodecaneso, na Grécia, e vai ter que voltar na temporada de 2026 para ver o que faltou!
Falam por aqui na Grécia que é um arquipélago onde o passado e o presente se encontram com naturalidade, onde o azul do mar molda a paisagem e o ritmo de vida convida à contemplação. E pelo que a gente viu até agora, é bem isso mesmo!
Uma região que, mesmo longe das rotas mais óbvias, guarda uma essência profunda da Grécia.

O arquipélago é formado 25 ilhas habitadas permanentemente (clique no nome para ver o post) e veja onde fica no mapa a seguir:
Arki (Arkoi) (e as ilhotas de Marathos e Agreloussa)
Tilos (e as ilhota de Antitilos)
Simi (Symi) (e as ilhotas de Nimos e Sesklia/Seskli)
Chalki (e a ilhota de Alimia)
Kastellorizo (Megisti) (e as ilhotas de Strongyli Megistis e Ro)
Karpathos (e a ilhota de Saria)
Kasos (inclui Armathia)

Onde fica?
O arquipélago do Dodecaneso fica no sudeste do mar Egeu, quase tocando a costa da Turquia.
Faz parte, junto com o arquipélago das Cicládes, da região administrativa do Egeu do Sul ou Egeu Meridional (Περιφέρεια Νοτίου Αιγαίου).
São mais de 160 ilhas e ilhotas, das quais apenas cerca das quais 25 a 27 são habitadas (o número varia um pouco porque algumas têm população muito pequena ou sazonal). As mais conhecidas são Rodes, Kos, Patmos, Symi, Kalymnos e Karpathos.
De onde vem esse nome?
O nome "Dodecaneso" vem do grego Dodekanisa, que significa literalmente “doze ilhas”. Esse número, embora simbólico, refere-se às principais ilhas habitadas que mantiveram certa autonomia durante o domínio otomano. Na prática o arquipélago é bem maior: são mais de 160 ilhas e ilhotas, são cerca de 25 ilhas habitadas.
Um pouco de sua história
Historicamente, o Dodecaneso ocupou uma posição estratégica valiosa entre o Oriente e o Ocidente. Foi dominado por diversas civilizações: micênicos, persas, romanos, bizantinos, cruzados, otomanos e, mais recentemente, pelos italianos, antes de finalmente ser incorporado à Grécia em 1947. Em Rodes, ainda se caminha por muralhas construídas pelos Cavaleiros de São João, que transformaram a cidade medieval em uma das mais bem preservadas da Europa.
Cultura e Tradições
Cada ilha tem sua própria identidade, mas compartilham traços culturais fortes — como a arquitetura com influências venezianas e otomanas, tradições religiosas ortodoxas marcantes e um modo de vida tranquilo, marcado pelo tempo do mar.
Curiosidades
Agathonisi – É a ilha habitada mais ao norte do Dodecaneso, com menos de 200 moradores permanentes.
Farmakonisi – Na Antiguidade era conhecida como “Pharmakousa”, ligada a ervas medicinais.
Arki (Arkoi) – Possui menos de 50 habitantes fixos e abriga a enseada de Tiganakia, de águas azul-turquesa.
Marathos – Famosa por sua taberna familiar à beira-mar, muito procurada por velejadores.
Agreloussa – Uma pequena ilha desabitada, refúgio de cabras e pássaros migratórios.
Patmos – Conhecida como a “Jerusalém do Egeu”, onde São João escreveu o Livro do Apocalipse.
Levitha – Ilha remota e habitada apenas por uma família de pastores, muito frequentada por veleiros.
Kinaros – Tem apenas uma habitante fixa, uma pastora que se tornou símbolo de resistência da vida insular.
Leros – Marcada por história militar, abriga túneis e museus ligados à Segunda Guerra Mundial.
Kalymnos – Conhecida como a “ilha dos mergulhadores de esponjas” desde a Antiguidade.
Telendos – Antiga península de Kalymnos, separada por um terremoto em 554 d.C.
Pserimos – Ilha tranquila, com menos de 100 habitantes e economia baseada quase totalmente no turismo de verão.
Kos – Berço de Hipócrates, considerado o “pai da medicina”.
Gyali – Ilha vulcânica famosa pela extração de pedra-pomes e obsidiana.
Nisiros (Nisyros) – Possui uma das poucas caldeiras vulcânicas ativas da Grécia.
Astypalea – Tem vilarejo em forma de borboleta, visto do alto.
Syrna – Importante ponto de passagem de aves migratórias e parte de um parque natural.
Tilos – Último habitat natural de elefantes-anões da Europa, extintos há cerca de 4 mil anos.
Antitilos – Pequena ilha desabitada, usada como ponto de pesca e refúgio de aves.
Simi (Symi) – Conhecida por suas casas neoclássicas coloridas e pela tradição da pesca de esponjas.
Nimos – Ilha desabitada, usada como área de pastoreio e arqueologia submersa.
Seskli – Pequena ilha próxima a Symi, com praias de acesso quase exclusivo por barco.
Chalki – Destacada pela tranquilidade, recebeu reconhecimento da UNESCO como “ilha da paz e amizade”.
Alimia – Ilha abandonada, usada como base naval italiana durante a Segunda Guerra Mundial.
Rodes (Rhodes) – Famosa pelo Colosso de Rodes, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Kastellorizo (Megisti) – É a ilha habitada mais a leste da Grécia, próxima à Turquia.
Strongyli Megistis – Marco territorial da fronteira marítima grega, com um farol histórico.
Ro – Conhecida pela “Senhora de Ro”, que ergueu diariamente a bandeira grega até sua morte em 1982.
Karpathos – Preserva tradições e dialetos antigos, considerados próximos ao grego homérico.
Saria – Ilha vizinha a Karpathos, rica em ruínas bizantinas e habitat de aves raras.
Kasos – Última ilha do sul do Dodecaneso, marcada pela resistência heroica contra os otomanos.
Armathia – Antigamente famosa pela extração de gesso, hoje praticamente desabitada.
Destaques pela região
O Dodecaneso é diverso e generoso.
Em Rodes, há história, praias e vida urbana vibrante.
Kos mistura sítios arqueológicos com resorts à beira-mar.
Em Leros, Symi ou Halki, o charme está no silêncio, na luz suave e nas caminhadas entre oliveiras e capelas solitárias.
E muitos outros luugares a visitar: Kalymnos, Patmos, Karpathos, Nisyros, Astypalaia, Kassos, Tilos, Kastellorizo, Agathonisi, Farmakonisi, Telendos, Arkoi, Saria, Gyalí, Levitha, Strongili, Alimia, Syrna
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