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Firenze 04 - Igreja Santa Maria Novella

Atualizado: 4 de mai.

Arquitetonicamente, é uma das igrejas góticas mais importantes da Toscana, com sua fachada geométrica e obras de arte de Masaccio e Giotto, que se destacam pelo pioneirismo no uso de técnicas de perspectiva, e de Ghirlandaio e Filipo Lippi, que retratam a sociedade nobre renascentista. 

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Breve história da Igreja de Santa Maria Novella

O convento de Santa Maria Novella foi construído entre 1279 e 1357 por frades dominicanos perto de uma igreja do século IX (chamada de Santa Maria delle Vigne), localizada nos campos externos às muralhas medievais de Firenze.


A construção da nova igreja foi confiada aos cuidados dos dominicanos, que buscavam não apenas um espaço para suas práticas religiosas, mas também um centro de ensino e estudo teológico. Com o apoio de importantes famílias florentinas, o convento cresceu em tamanho e importância, tornando-se um dos polos espirituais e intelectuais da cidade. Sua localização, então afastada do centro urbano, refletia o desejo de contemplação e retiro, características centrais da vida dominicana.

  

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A arquitetura da Igreja de Santa Maria Novella

A fachada não é apenas uma das mais antiga de todas as igrejas em Firenze, mas também a única que foi completada conforme planejada e ainda hoje apresenta sua forma original: a parte inferior foi executada pelo arquiteto dominicano Fra Iacopo Talenti da Nipozzano, enquanto a parte superior foi concluída 100 anos mais tarde em 1470 por Leon Battista Alberti (autor do primeiro livro impresso sobre arquitetura).

  


A igreja inicialmente foi dividida internamente em duas partes por um muro (uma para os frades e outra para os fiéis) e inteira coberta de afrescos.

  

A estrutura e decoração interna foram alteradas no século XVI por Vasari, a pedido de Cosimo de Medici. O muro que dividia os frades dos fiéis foi demolido (ainda se pode ver claramente onde a divisão existia abaixo do crucifixo de Giotto).

  

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O interior da Igreja de Santa Maria Novella: obras que mostram a transição para o Renascimento

O interior mantém extraordinárias obras de arte, incluindo, entre outras, obras de Masaccio, Ghirlandaio, Giotto e Filipo Lippi.


Os maiores destaques são o Crucifixo de Giotto (obra que mostra a introdução da perspectiva  e da expressão mais realista, características precursoras do Renascimento), o quadro "Trinità" de Masaccio (uma das primeiras obras a dominar o princípio da perspectiva) e as capelas "Tornabuoni" de Ghirlandaio e "Strozzi" de Filipo Lippi.


 Crucifixo de Giotto, obra que mostra a introdução da perspectiva  e da expressão mais realista, características precursoras do Renascimento
 Crucifixo de Giotto, obra que mostra a introdução da perspectiva  e da expressão mais realista, características precursoras do Renascimento
"Trinità" de Masaccio, uma das primeiras obras a dominar o princípio da perspectiva 
"Trinità" de Masaccio, uma das primeiras obras a dominar o princípio da perspectiva 
"Cappella Tornabuoni" de Ghirlandaio e seus afrescos com histórias bíblicas com pessoas, roupas e costumes da época renascentista  
"Cappella Tornabuoni" de Ghirlandaio e seus afrescos com histórias bíblicas com pessoas, roupas e costumes da época renascentista  
"Cappella Strozzi" de Filipo Lippi, cujo trabalho foi interrompido com o exílio da Familia Strozzi pelos Medici e retomada ao final da vida de Lippi, sendo um de seus últimos trabalhos
"Cappella Strozzi" de Filipo Lippi, cujo trabalho foi interrompido com o exílio da Familia Strozzi pelos Medici e retomada ao final da vida de Lippi, sendo um de seus últimos trabalhos

O museu, o refeitório e a Capela Espanhola: imagem da vida dos frades

Além disso, é possível visitar o museu da Igreja, composto pelos dois primeiros claustros do antigo convento, o grande refeitório e a Capela Espanhola — originalmente a Sala do Capítulo dos frades dominicanos, espaço destinado às reuniões importantes da comunidade. No século XVI, essa sala passou a ser usada pela corte espanhola de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de Medici, recebendo então o nome de Capela Espanhola. A Capela, cujas estruturas foram reformadas por Brunelleschi, oferece, junto aos claustros e ao refeitório, uma atmosfera que permite imaginar como os antigos frades viviam.

  

  

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