Firenze 04 - Igreja Santa Maria Novella
- Anna Karen
- 28 de jun. de 2015
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de mai.
Arquitetonicamente, é uma das igrejas góticas mais importantes da Toscana, com sua fachada geométrica e obras de arte de Masaccio e Giotto, que se destacam pelo pioneirismo no uso de técnicas de perspectiva, e de Ghirlandaio e Filipo Lippi, que retratam a sociedade nobre renascentista.

Breve história da Igreja de Santa Maria Novella
O convento de Santa Maria Novella foi construído entre 1279 e 1357 por frades dominicanos perto de uma igreja do século IX (chamada de Santa Maria delle Vigne), localizada nos campos externos às muralhas medievais de Firenze.
A construção da nova igreja foi confiada aos cuidados dos dominicanos, que buscavam não apenas um espaço para suas práticas religiosas, mas também um centro de ensino e estudo teológico. Com o apoio de importantes famílias florentinas, o convento cresceu em tamanho e importância, tornando-se um dos polos espirituais e intelectuais da cidade. Sua localização, então afastada do centro urbano, refletia o desejo de contemplação e retiro, características centrais da vida dominicana.

A arquitetura da Igreja de Santa Maria Novella
A fachada não é apenas uma das mais antiga de todas as igrejas em Firenze, mas também a única que foi completada conforme planejada e ainda hoje apresenta sua forma original: a parte inferior foi executada pelo arquiteto dominicano Fra Iacopo Talenti da Nipozzano, enquanto a parte superior foi concluída 100 anos mais tarde em 1470 por Leon Battista Alberti (autor do primeiro livro impresso sobre arquitetura).
A igreja inicialmente foi dividida internamente em duas partes por um muro (uma para os frades e outra para os fiéis) e inteira coberta de afrescos.
A estrutura e decoração interna foram alteradas no século XVI por Vasari, a pedido de Cosimo de Medici. O muro que dividia os frades dos fiéis foi demolido (ainda se pode ver claramente onde a divisão existia abaixo do crucifixo de Giotto).

O interior da Igreja de Santa Maria Novella: obras que mostram a transição para o Renascimento
O interior mantém extraordinárias obras de arte, incluindo, entre outras, obras de Masaccio, Ghirlandaio, Giotto e Filipo Lippi.
Os maiores destaques são o Crucifixo de Giotto (obra que mostra a introdução da perspectiva e da expressão mais realista, características precursoras do Renascimento), o quadro "Trinità" de Masaccio (uma das primeiras obras a dominar o princípio da perspectiva) e as capelas "Tornabuoni" de Ghirlandaio e "Strozzi" de Filipo Lippi.




O museu, o refeitório e a Capela Espanhola: imagem da vida dos frades
Além disso, é possível visitar o museu da Igreja, composto pelos dois primeiros claustros do antigo convento, o grande refeitório e a Capela Espanhola — originalmente a Sala do Capítulo dos frades dominicanos, espaço destinado às reuniões importantes da comunidade. No século XVI, essa sala passou a ser usada pela corte espanhola de Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de Medici, recebendo então o nome de Capela Espanhola. A Capela, cujas estruturas foram reformadas por Brunelleschi, oferece, junto aos claustros e ao refeitório, uma atmosfera que permite imaginar como os antigos frades viviam.
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