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Portugal - Arredores de Lisboa: Cascais

Atualizado: 27 de jun.

Cascais tem o dom de parecer próxima e distante ao mesmo tempo. Fica ali, perto de Lisboa, mas basta seguir o Tejo em direção ao mar para sentir que se entrou noutro ritmo. A vila mistura o refinamento de um antigo refúgio real com a alma simples de quem viveu sempre de frente para o oceano. Suas ruas de calçada portuguesa ondulam como se seguissem o desenho das ondas, e o cheiro do sal parece ter se instalado nos azulejos, nas pedras, no tempo.


O nome, dizem, vem das conchas — “cascal”, “cascas” — que os pescadores recolhiam da costa. Era um lugar de maré e trabalho, de barcos pequenos e mãos firmes. Foi depois que vieram os verões da monarquia, os palacetes, os jardins. Vieram também artistas, exilados, viajantes. .


É fácil se deixar levar por ela. Começar o dia no centro histórico, entre cafés e lojinhas, e seguir até a Praia da Ribeira, onde os barcos balançam sem pressa. A Cidadela surpreende com arte contemporânea entre muralhas antigas. O Museu Condes de Castro Guimarães parece um castelo saído de um conto, às margens de um jardim. Mais adiante, a Casa das Histórias Paula Rego, em tons vermelhos e linhas fortes, convida ao mergulho no imaginário da artista.


A Boca do Inferno impressiona com sua força — ali, o mar ruge e escava, como se quisesse entrar terra adentro. A Marina, ao contrário, é calma, elegante, cheia de promessas de partida. O Parque Marechal Carmona oferece sombra, silêncio e pavões que passeiam como se fossem donos do lugar. Do Farol de Santa Marta vê-se o azul por todos os lados. E quem quiser ir mais longe, que pegue a ciclovia até o Guincho — um caminho à beira do vento, que termina numa praia indomável, onde o Atlântico mostra toda a sua grandeza.

Cascais é assim: feita de encontros entre o mar e a terra, entre o passado e o presente, entre o descanso e o movimento. Um lugar para chegar devagar — e, quem sabe, ficar um pouco mais do que se planejou.


Marque aí o que visitar em Cascais:

  1. Centro histórico – Calçadas desenhadas, cafés abertos, e aquela sensação boa de estar fora do tempo.

  2. Praia da Ribeira – Pequena, cheia de barcos e de vida (mas não é para nadar, só para olhar o mar)

  3. Cidadela de Cascais – Fortaleza que hoje abriga arte e silêncios elegantes.

  4. Museu Condes de Castro Guimarães – Um palacete à beira do mar, cheio de surpresas.

  5. Casa das Histórias Paula Rego – Forte, feminino, com arquitetura que se impõe em vermelho.

  6. Boca do Inferno – Onde o mar fala mais alto, esculpindo a rocha.

  7. Marina de Cascais – Veleiros, vento e promessas de viagem. Cheia de restaurantes e movimento.

  8. Parque Marechal Carmona – Sombra fresca, pavões, bancos convidativos.

  9. Museu do Mar – Pequeno, íntimo, como uma conversa sobre o passado.

  10. Farol de Santa Marta – Entre o azul do céu e o azul do mar.

  11. Ciclovia até o Guincho – Um caminho à beira do Atlântico, onde o vento guia.

  12. Praia do Guincho – Brava, linda, intocada — cenário de cinema, de surf, de solidão boa.


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