Grécia - Norte Egeu: Samothraki
- Anna Karen Moraes Salomon
- 2 de ago.
- 4 min de leitura
Samothraki é uma ilha montanhosa e selvagem no extremo norte do mar Egeu, conhecida por sua natureza exuberante, cachoeiras cristalinas, praias isoladas e pela importância histórica ligada ao misticismo da Grécia Antiga. Com vilas tradicionais, fontes termais e um ritmo de vida tranquilo, o destino atrai quem busca contato direto com a natureza, trilhas desafiadoras e experiências culturais autênticas.

Não fomos lá (ainda!), mas vamos compartilhar aqui o que já pesquisamos sobre esse destino.
Onde fica
Situada no norte do mar Egeu, Samothraki pertence à região da Macedônia Oriental e Trácia, próxima à costa continental grega e ao estreito de Dardanelos.
É a ilha mais próxima da fronteira continental entre Grécia e Turquia, mas preserva um isolamento natural devido à ausência de aeroportos e ao acesso exclusivamente marítimo.
Origem do nome
O nome “Samothraki” deriva de “Samos” (montanha elevada) e “Thrace” (Trácia, região histórica próxima), referindo-se à localização e ao relevo da ilha. No passado, também foi chamada de “Samothrace” em registros clássicos.
Um pouco da história desse destino
A ocupação humana em Samothraki remonta ao período neolítico, mas foi durante a Idade do Bronze que a ilha começou a se destacar como centro de comércio e culto.
Na Antiguidade Clássica, ganhou fama pelo Santuário dos Grandes Deuses, um dos mais enigmáticos locais religiosos do mundo grego, associado aos cultos de mistério que prometiam proteção divina e favoreciam iniciados de todas as classes sociais, incluindo reis e figuras proeminentes como Filipe II da Macedônia e, segundo alguns relatos, até Alexandre, o Grande.
Durante o período helenístico, Samothraki manteve relativa autonomia e prosperidade, tornando-se um ponto estratégico no mar Egeu.
No período romano, foi integrada à província da Macedônia e preservou seu prestígio religioso, atraindo peregrinos e viajantes de todo o império.
Na era bizantina, a ilha foi fortificada para se defender de ataques piratas, mas sofreu declínio econômico.
Entre os séculos XV e XIX, esteve sob domínio otomano, período marcado por isolamento e agricultura de subsistência.
Em 1912, após as Guerras dos Balcãs, foi incorporada à Grécia moderna, preservando até hoje um perfil mais autêntico e menos turístico do que outras ilhas gregas.
Curiosidades
É a ilha mais montanhosa do Norte Egeu, com o Monte Fengari chegando a 1.611 m de altitude.
A estátua da Vitória de Samotrácia, hoje no Museu do Louvre, foi encontrada aqui no século XIX.
Apesar de pequena, a ilha possui mais de 100 cachoeiras mapeadas.
Não há aeroporto — o acesso é feito exclusivamente por ferry, o que preserva sua atmosfera pouco explorada.
Samothraki é conhecida por suas cabras semi-selvagens, que vivem em áreas rochosas de difícil acesso.
Cidades, vilas e praias
Chora: capital da ilha, com ruas de pedra e vista para o mar e as montanhas.
Kamariotissa: porto principal e centro de chegada.
Therma: famosa por suas fontes termais e proximidade de trilhas para cachoeiras.
Praias: Pachia Ammos (areia dourada), Vatos (selvagem), Kipos (isolada), Lakkoma (tranquila), Agios Andreas (pequena e charmosa).
O que ver por lá
Nem tudo aqui foi visto por nós — esta seleção nasce de muita pesquisa e da vontade de explorar cada canto. Reunimos os 25 pontos que mais se destacam na região, classificados por grau de relevância turística: de 1 (imperdível) a 5 (para interesses específicos). É um guia inicial para quem gosta de planejar viagens com atenção aos detalhes e mente aberta para novas descobertas.
CIDADES E VILAS
Chora de Samothraki: Vila principal, com ruas estreitas, casas caiadas e vista para o monte Fengari (1) (interior central)
Kamariotissa: Porto da ilha e ponto de chegada de ferries, com cafés e comércio básico (2) (oeste)
Therma: Pequena vila conhecida por suas fontes termais e acesso a trilhas para cachoeiras (2) (norte)
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Santuário dos Grandes Deuses: Complexo arqueológico ligado a ritos de iniciação místicos (1) (noroeste)
Museu Arqueológico de Samothraki: Coleção de achados do santuário e peças helenísticas (2) (noroeste)
Ruínas da Fortaleza de Chora: Estrutura medieval com vista panorâmica (3) (interior central)
NATUREZA RURAL
Monte Fengari: Pico mais alto da ilha, com trilhas e vistas sobre o Egeu (1) (centro-leste)
Cachoeira Fonias: Uma das quedas d’água mais famosas da ilha (1) (norte)
Riacho Gria Vathra: Conjunto de piscinas naturais acessíveis por trilha (1) (norte)
Florestas de Plátanos: Áreas arborizadas ideais para caminhadas e piqueniques (3) (norte e centro)
PRAIAS E MAR
Praia Pachia Ammos: Areia dourada e mar calmo, acessível de carro ou barco (1) (sul)
Praia Vatos: Selvagem e isolada, acessível por trilha ou barco (2) (sul)
Praia Kipos: Praia de seixos, ideal para snorkel e tranquilidade (2) (leste)
Praia Lakkoma: Pequena baía protegida, boa para banhos (3) (sudeste)
Praia Agios Andreas: Ponto tranquilo próximo a vilas menores (3) (noroeste)
CULTURA E EXPERIÊNCIAS
Fontes termais de Therma: Banhos termais em ambiente natural (2) (norte)
Festas locais de verão: Eventos culturais com música e dança tradicional (3) (diversas regiões)
Caminhada até Vatos via Trilha Lakkoma: Percurso panorâmico costeiro (3) (sul e sudeste)
Passeio de barco ao redor da ilha: Visão das falésias e praias remotas (2) (costa inteira)
Pesca artesanal com pescadores locais: Experiência de imersão cultural (4) (oeste e sul)
Degustação de pratos típicos: Carne de cabra, queijo local e sobremesas com mel (2) (diversas regiões)
Observação de aves migratórias: Especialmente na primavera e outono (4) (norte e leste)
Coleta de ervas aromáticas: Tradição rural mantida por moradores (4) (interior e encostas)
Mercado local em Kamariotissa: Produtos frescos e artesanato (3) (oeste)
Workshops de cerâmica tradicional: Atividade com artesãos locais (4) (interior central)
Como chegar lá
Não há voos diretos para Samothraki. O acesso é via ferry a partir de Alexandroupoli, na Grécia continental, com travessias de cerca de 2 horas. Alexandroupoli possui aeroporto com voos de Atenas e Thessaloniki.
Dicas para quem chega de barco
A principal marina é em Kamariotissa, com serviços básicos. O ancoradouro é seguro, mas exposto a ventos fortes de norte. Alternativas de ancoragem estão em baías como Lakkoma e Pachia Ammos, apenas em condições de mar calmo.
Sugestão de roteiro por barco
Dia 1: Chora, Museu Arqueológico, Santuário dos Grandes Deuses, Fortaleza de Chora.
Dia 2: Therma, Fontes termais, Cachoeira Fonias, Gria Vathra.
Dia 3: Praia Pachia Ammos, passeio de barco, praia Kipos.
Sugestão de roteiro por barco
Dia 1: Chegada a Kamariotissa, exploração da Chora.
Dia 2: Navegação costeira pelo sul, ancoragem em Pachia Ammos.
Dia 3: Visita a Vatos e Kipos, retorno a porto seguro.
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