Grécia - Ciclades: Ilha de Milos
- Anna Karen Moraes Salomon
- 31 de mai.
- 5 min de leitura
Atualizado: 18 de jun.
Milos é uma ilha de origem vulcânica situada no sudoeste das Cíclades, no mar Egeu, entre Kimolos e Sifnos. A paisagem lunar de Sarakiniko, praias multicoloridas e vilarejos pitorescos dão a cara de um destino único, que une belezas naturais extraordinárias, história antiga e cultura local de forma charmosa e sofisticada.

Não fomos lá (ainda!), mas vamos compartilhar aqui o que já pesquisamos sobre esse destino.
Significado do nome da ilha
O nome “Milos” (ou Melos, no grego antigo) pode derivar de “melissa” (abelha em grego), sugerindo uma ligação com a riqueza natural da ilha ou alguma simbologia local antiga. Outra hipótese relaciona-se ao termo pré-grego “Melos”, com significados que podem envolver fertilidade ou terra fértil.
Um pouco da história desse destino
As primeiras evidências de habitação em Milos datam do Neolítico, mas foi durante o Bronze Final que floresceu o sítio de Phylakopi, uma das principais comunidades cicládicas, com comércio de obsidiana, cerâmica e arte.
Na Antiguidade clássica, Milos era conhecida por seu estatuto de neutralidade. Os melianos resistiram à dominação ateniense durante a Guerra do Peloponeso, narrada em "A Tradição de Melos", que culminou em tragédia e pilhagem. A famosa escultura "Vênus de Milo" foi descoberta lá, símbolo da arte da ilha.
Sob domínio romano e bizantino, a mineração e agricultura prevaleceram. Durante o período veneziano, fortalezas foram erguidas, especialmente em Plaka. Sob o jugo otomano, Milos manteve certa autonomia, apoiando a Revolução Grega no início do século 19.
Nas últimas décadas, a ilha se transformou: a exploração de enxofre e bentonita deixou marcas industriais, mas hoje Milos vive do turismo diversificado, arqueologia preservada e oferta natural singular, mantendo viva a história local.
Curiosidades
Milos abriga mais de 70 praias, muitas delas com cores incomuns — como o vermelho de Paliochori, o branco de Sarakiniko e o negro de Gerontas — reflexo de sua origem vulcânica.
As tradicionais “syrmata” (garagens de pescadores) nos vilarejos de Klima, Mandrakia e Firopotamos são construções coloridas à beira-mar, originalmente usadas para guardar barcos, hoje disputadas como casas de temporada.
Em Trypiti existem catacumbas cristãs do século I–V d.C. e um teatro romano, evidências raras nas Cíclades e importantes para arqueologia da religião.
A ilha viu o nascimento da deusa Vênus na sua escultura homônima, hoje patrimônio do Louvre, e mantém réplica da obra em seu museu arqueológico em Plaka.
Suas cidades, vilas e praias
Milos possui três vilas principais com população e estrutura contínuas:
Adamas (Adamantas) – principal porto, com infraestrutura turística, restaurantes, aluguel de veículos e acesso a passeios.
Plaka – vila capital, tradicional, com ruas brancas, mirantes históricos e museus.
Pollonia – vilarejo pesqueiro do nordeste, com praia tranquila, restaurantes à beira-mar e ligação para Kimolos.
A ilha conta com cerca de 70 praias, das quais ao menos 15 são reconhecidas por infraestrutura ou atrativos:
Norte: Sarakiniko, Papafragas, Klima, Mandrakia, Firopotamos
Leste: Pollonia Beach, Polychroni, Piso Thalassa
Sul: Firiplaka, Paleochori, Tsigrado, Gerakas
Oeste: Paliochori (vermelha), Gerontas (areia escura)
O que ver por lá
Veja aqui as suas principais atrações, seguidas do tipo de atração, da região da ilha onde se encontra e de uma indicação da sua relevância turística variando de 1 – imperdível a 5 – interesse específico.
Sarakiniko: Formações rochosas brancas esculpidas pelo vento e mar, com paisagem lunar única (Praia geológica) (Oeste) (1)
Venus de Milo Replica & Museu Arqueológico: Exposição da famosa escultura local e artefatos antigos (Museu) (Plaka) (1)
Pollochonisia – ilhotas ao largo de Pollonia: Passeios de barco com mergulho em mar cristalino (Natureza) (Nordeste) (1)
Paleochori: Praia com falésias quentes e águas termais, com vestígios de vulcanismo ativo (Praia termal) (Sul) (2)
Catacumbas de Milos e Teatro Romano: Sítios arqueológicos raros representando a presença cristã primitiva (Sítio arqueológico) (Trypiti) (2)
Klima, Mandrakia e Firopotamos: vilas de syrmata, casas coloridas de pescadores construídas nos rochedos (Arquitetura tradicional) (Noroeste) (2)
Papafragas: Grutas marítimas e piscina natural esculpida por falésias (Formação natural) (Norte) (3)
Firiplaka: Praia de areias multicoloridas entre falésias abruptas (Praia) (Sul) (2)
Tsigrado: Praia escondida acessada por corda, para aventureiros (Praia aventureira) (Sul) (3)
Castelo de Plaka: Ruínas medievais com vista para a baía; pôr do sol imperdível (Fortaleza) (Plaka) (2)
Como chegar lá
Não existe aeroporto; o acesso é sempre marítimo.
De Atenas (Pireu ou Rafina), há ferries diários — fast ferries levam cerca de 3h, convencionais entre 4h e 5h.
Também há rotas de outras ilhas como Paros, Naxos e Sifnos (1h30–3h).
Dicas para quem chega de barco
Porto principal em Adamas: oferece abrigado, água, combustível, serviços e acesso fácil ao centro.
Fundeio alternativo: fiorde de Mandrakia é ideal para abrigo calmo, visitas às syrmata e mergulho.
Correntes locais: mantenha âncoras em fundos rochosos e garanta segurança com snubber; fundeio em águas rasas em Papafragas é seguro para técnicas leves.
Abastecimento terrestre: Adamas tem supermercados, Plaka serviço limitado, Pollonia acesso mais rural.
Restaurantes
Melhores restaurantes da ilha (geral):
Medusa Restaurant (Adamas): especializado em frutos do mar e pratos tradicionais, com vista para o porto (Avaliação média: 4.7/5)
Enalion (Pollonia): cozinha vibrante e criativa à beira-mar, destaque para peixes grelhados e risotos (Avaliação média: 4.6/5)
Archontoula (Plaka): menu de culinária local autêntica, ambiente familiar e pratos caseiros como revithada (Avaliação média: 4.6/5)
Melhores restaurantes de cada vila:
Adamas
Medusa Restaurant, ver acima.
O! Hamo Restaurant: peixes grelhados, atmosfera descontraída e bom custo-benefício (Avaliação média: 4.5/5)
O! Kampi: barraquinhas informais, ingredientes locais e sabor de taverna tradicional (Avaliação média: 4.5/5)
Plaka
Archontoula, ver acima.
Mourayo: estrutura charmosa com pratos típicos e torta de queijo local (Avaliação média: 4.5/5)
Raki Milos: especialidades locais, como carnes e molhos picantes, em ambiente rústico (Avaliação média: 4.4/5)
Pollonia
Enalion, ver acima.
O! Hamo Pollonia: estilo semelhante ao de Adamas, carnes e grelhados marinhos (Avaliação média: 4.5/5)
Matevlim: cozinha criativa, ingredientes locais e vista panorâmica (Avaliação média: 4.4/5)
Notas da Avaliação Média do TripAdvisor em Maio de 2025
Sugestão de roteiro por terra (3 dias)
Dia 1 – Adamas e Plaka
Adamas: passeio pelo porto e almoço no Medusa (1h30) (1)
Caminhada até Plaka: Museu, ruínas do castelo e vista do pôr do sol (2h) (2)
Jantar em Archontoula (1h)Pernoite em Plaka ou Adamas
Dia 2 – Nordeste e noroeste
Excursão de barco a Papafragas e visita às syrmata em Klima/Mandrakia (2h) (2)
Passeio costeiro até Firopotamos (1h) (3)
Almoço em Enalion no fim da tarde (1h30)Pernoite em Pollonia ou Adamas
Dia 3 – Sul vulcânico
Praia de Sarakiniko pela manhã (2h) (1)
Firiplaka e Paleochori, com pausa para fotos e banho (3h) (2)
Retorno a Adamas para jantar leve (1h)Pernoite em Adamas
Sugestão de roteiro para barco (3 dias)
Dia 1 – Chegada a Adamas
Fundeio no porto e almoço no Medusa (1h)
Navegação até Mandrakia com pernoite calmo ao som do mar
Dia 2 – Tour costeiro noroeste e norte
Saída para Papafragas e Firopotamos com mergulho (2h)
Navegação para Tsigrado ou Sarakiniko para visual épico (1h30)
Pernoite ao largo de Sarakiniko
Dia 3 – Costa sul vulcânica
Saída para Firiplaka e Paleochori, com banho termal (3h)
Retorno a Adamas ou partida para próxima ilha
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