Grécia - Ciclades: Ilha de Sikinos
- Anna Karen Moraes Salomon
- 31 de mai.
- 5 min de leitura
Atualizado: 18 de jun.
Sikinos é uma das Cíclades menos exploradas, situada no sul do mar Egeu, entre as ilhas de Ios e Folegandros. Com praias tranquilas, vilas pitorescas e atmosfera serena, é o refúgio perfeito para quem busca a essência das ilhas gregas em um ritmo desacelerado e tradicional.

Não fomos lá (ainda!), mas vamos compartilhar aqui o que já pesquisamos sobre esse destino.
Significado do nome da ilha
Originalmente chamada de Oinoë (“Ilha do Vinho”, devido ao seu famoso cultivo de videiras), passou a ser conhecida como Sikinos, em honra a um filho mítico de Thoas, rei de Lemnos, e da ninfa Oinoë.
Um pouco da história desse destino
Os primeiros registros de habitação em Sikinos remontam ao período micênico, com vestígios arqueológicos que indicam contínua presença humana desde então.
Na Antiguidade, a ilha teve domínio jônico e participou da Liga de Delos, chegando a cunhar sua própria moeda com imagens de Dionísio ou cachos de uva, reflexo da importância do vinho para sua economia.
Com a queda de Constantinopla e o domínio veneziano, Sikinos foi incorporada ao Ducado de Naxos em 1207. Nesse período, a vila de Chora foi fortificada (o “Kastro”), construindo muralhas e casas sem janelas externas, como proteção contra piratas.
Durante o período otomano, a ilha permaneceu isolada, o que conservou suas tradições. Após a independência grega em 1828, passou por décadas de declínio populacional até ganhar eletricidade em 1974 e um porto funcional só nos anos 1980, mantendo seu perfil tranquilo.
Este passado de persistência, agricultura tradicional e isolamento construiu a identidade atual de Sikinos — uma ilha sem aeroporto, com poucos habitantes permanentes, natureza preservada e cultura intacta.
Curiosidades
Moedas do Vinho: No século III a.C., Sikinos cunhava moedas com a figura de Dionísio ou cachos de uva, reforçando sua tradição vitivinícola — embora as vinhas tenham sido abandonadas no século XX, hoje alguns produtores voltam à atividade.
Arquitetura defensiva viva: Em Chora, os muros unidos das casas sem janelas externas formavam uma fortificação orgânica contra piratas; ainda hoje, as ruelas tortuosas protegem e encantam visitantes.
Episkopi – do templo à igreja: O antigo templo romano de Apollo Pythios foi reaproveitado como igreja bizantina, e restaurado recentemente; fica isolado num monte, acessível por trilhas.
Chegada dramática: Até os anos 1980, não havia porto — viajantes desembarcavam de caiques que partiam dos grandes ferries, criando uma cena típica de aventura e simplicidade grega.
Suas cidades, vilas e praias
Sikinos tem duas vilas principais com vida contínua:
Chora (Kastro e Chorio) – a vila histórica no alto do penhasco, com ruelas, igrejas e cafés.
Alopronia – o porto da ilha, onde estão restaurantes, minimercados e a maioria das acomodações.
Há também a localidade rural Vouni/Ano Meria, ocupada sazonalmente por moradores e visitantes.
A ilha possui cerca de 10 praias nomeadas, com acesso por estrada, trilha ou barco,
As duas principais praias de areia:
Alopronia – praia principal, longa, de areia fina, ideal para nadar e com infraestrutura.
Dialiskari – pequena enseada acessível por barco ou a pé, com areia clara.
Outras praias e enseadas com acesso limitado:
Mavri Spilia (caverna marinha, só por barco)
Malta (isolada, sem acesso terrestre)
Galana Khorafia
Agios Georgios
Anydros
Livadi
O que ver por lá
Veja aqui as principais atrações de Skinos, seguidas do tipo de atração, da região da ilha onde se encontra e de uma indicação da sua relevância turística variando de 1 – imperdível a 5 – interesse específico.
Igreja Episkopi (Church of Episkopi): Monumento arqueológico raro, originalmente mausoléu romano do século III que virou igreja bizantina e tornou-se palimpsesto histórico (Monumento histórico) (Sudoeste Chora) (1)
Mosteiro Zoodochos Pigi: Solar de arquitetura defensiva no alto, vistas espetaculares e tesouros religiosos (Religioso) (Chora) (2)
Panagia Pantanassa (Igreja): Edifício pitoresco de cúpula azul no centro de Chora, local de socialização e belas fotografias (Religioso) (Chora) (2)
Ai Georgis Beach: Praia de seixos com águas cristalinas, sossegada e pouco explorada, ideal para relaxar (Praia) (Sul da ilha) (1)
Dialiskari Beach: Pequena enseada de areia fina, acessível a pé ou de barco, com ambiente bucólico (Praia) (Sul da ilha) (2)
Alopronia (Skala): Porto principal com praia de areia, atmosfera animada, cafés e restaurantes à beira-mar (Vila/Porto) (Leste) (1)
Mavri Spilia (Gruta Negra): Caverna marinha acessível de barco, cenário impressionante para visita rápida (Formação natural) (Sul/Sudeste) (3)
Trilha e mirantes em Chora: Caminhos com vistas panorâmicas sobre a baía e paisagens bucólicas ao redor (Natureza/Trilhas) (Chora) (2)
Vinícola Manalis: Pequena produção local de vinhos, visitas e degustação em ambiente familiar (Enoturismo) (Chora) (3)
Mosteiro Virgin Pandohara Elytis: Igrejinha singular com um ambiente contemplativo e pouco turístico (Religioso) (Centro) (3)
Como chegar lá
Não há aeroporto em Sikinos, sendo o acesso exclusivamente marítimo.
De Atenas (Pireu ou Rafina) há conexões diárias via Ios ou Folegandros; viagens levam de 5h a 8h, dependendo do tipo de embarcação.
Também é possível vir de Santorini, Ios ou Folegandros com travessias de cerca de 1h30 a 3h.
Dicas para quem chega de barco
Porto de Alopronia (Skala): único ancoradouro protegido, com mar raso (2–3 m), cais pequeno e pouca manobra – ideal para barcos médios.
Fundeio em Ai Georgis: enseada protegida por ilhote, oferece águas calmas e ambiente sereno para pernoite.
Cais limitado: esteja preparado para fundear fora do porto se não houver espaço; tender é recomendado.
Reabastecimento e mantimentos: Alopronia tem mercadinho e cafés; para combustíveis ou itens específicos, vá a Ios ou Folegandros.
Restaurantes
Melhores restaurantes da ilha (geral):
Thalassa Restaurant (Alopronia): frutos do mar fresquíssimos, ambiente à beira-mar e serviço acolhedor (Avaliação média: 5.0/5)
Kapari (Chora): cozinha mediterrânea, pratos harmonizados com vinhos locais e ambiente rústico (Avaliação média: 4.0/5)
To Steki tou Garmpi (Chora): deliciosa comida caseira em atmosfera familiar e vista panorâmica (Avaliação média: 4.0/5)
Melhores restaurantes de cada vila:
Alopronia
Thalassa Restaurant, já mencionado.
Anemelo: ambiente casual, cardápio diversificado e boa carta de vinhos (Avaliação média: 4.2/5)
Kapari, já mencionado.
Chora
Kapari, já citado.
To Steki tou Garmpi, já citado.
Meltemi Taverna: pratos de peixe e frutos do mar com atmosfera descontraída (Avaliação média: 3.5/5)
Notas da Avaliação Média do TripAdvisor em Maio de 2025
Sugestão de roteiro por terra (3 dias)
Dia 1 – Porto e Chora
Alopronia: chegada, passeio pelo porto e almoço no Thalassa (1h30) (1)
Caminhada até Chora: visita à Episkopi e Mirante Pigi (2h) (1)
Passeio por Chora: Mosteiro Zoodochos Pigi e Panagia Pantanassa (2h) (2)
Jantar em Kapari (1h)Pernoite em Chora ou Alopronia
Dia 2 – Praias do sul
Ai Georgis: manhã de praia e descanso (2h) (1)
Dialiskari: próxima parada para banho e fotos (1h) (2)
Tarde livre: visita à vinícola Manalis ou trilha local (1h30) (3)
Jantar em Thalassa (1h30)Pernoite em Alopronia
Dia 3 – Aventura leve e cultura
Mavri Spilia: passeio de barco ou caiaque (1h) (3)
Trilhas em torno de Chora: paisagens rurais e vistas (2h) (2)
Tarde de relaxamento em praia local ou café na vilazinha (2h)Pernoite em Alopronia
Sugestão de roteiro para barco (3 dias)
Dia 1 – Chegada em Alopronia
Fundeio no porto e almoço no Thalassa (1h30)
Navegação até Ai Georgis para pernoite ancorado
Dia 2 – Costeando o sul
Manhã em Ai Georgis, depois navegação para Dialiskari (2h)
Noite no porto ou ancoragem próxima para jantar em Kapari
Dia 3 – Tranquilidade e retorno
Partida para Mavri Spilia, exploração de gruta e banho (1h30)
Retorno a Alopronia para jantar e última noite



Comentários