Firenze 02 - Museo Archeologico
- Anna Karen
- 5 de jul. de 2015
- 4 min de leitura
Atualizado: 4 de mai.
O Museu Arqueológico Nacional de Florença reúne os melhores achados das escavações realizadas na Toscana, com importantes peças romanas e etruscas. Seu acervo também inclui cerâmica ática e objetos dos séculos VI a IV a.C. de civilizações como a egípcia e a grega, coletados em tumbas etruscas — reflexo do comércio toscano no Mediterrâneo.

História do Museo Archeologico
Inaugurado em 1870 como "Museu Etrusco" na presença do rei Vittorio Emanuele II, o museu originalmente ocupava o Cenáculo de Fuligno, na Via Faenza.
Em 1880, com a incorporação do acervo egípcio, foi transferido para sua atual localização: o Palazzo della Crocetta, projetado em 1620 por Giulio Parigi para a princesa Maria Madalena de’ Medici.
A coleção cresceu ainda mais com a chegada das coleções etruscas dos Medici e dos Lorena, vindas do Uffizi.
Em 1887 foi inaugurado um museu topográfico etrusco, para ilustrar a história dos etruscos através dos materiais recolhidos durante escavações (destruído na enchente de 1966).
Essa enchente de 1966 destrui não só o museu topográfico mas também outras partes do museu, e sua reconstrução tomou os 40 anos seguintes.
Apesar de diversas reformulações e ampliações, ainda é difícil encontrar espaço para os mais de cem mil objetos de valor de propriedade do museu.

Há relativamente pouco investimento e interesse na evolução do museu, já que na região de Firenze o interesse na cultura medieval e renascentista roubam a cena da arquelogia das culturas mais antigas.
Destaques da Coleção Etrusca
Na seção etrusca, o destaque está para a "Quimera de Arezzo", uma das mais famosas obras da civilização etrusca (século IV aC), um bronze plástico que descreve o leão mítico, com cauda de serpente e o corpo de cabra. Ela foi encontrada em um campo perto de Arezzo em 1553 e presenteada a Cosimo I por Vasari.

Outra peça famosa é a estátua de bronze Arringatore (século I aC), retrato do nobre etrusco Aule Metelle com a toga romana encontrada em 1566 perto do Lago Trasimeno.

Uma parte significativa das peças etruscas expostas são relacionadas a esculturas funerárias. Destacam-se também o sarcófago das Amazonas (século IV aC) e o chamado "Sarcofago do Obeso", achado em Chiusi (século II aC).

Destaques da Coleção Romana
Na Seção Romana, o destaque está na estátua de Idolino encontrada em Pesaro (Idolino de Pesaro, escultura que inspirou muitos artistas do renascimento), no "Torso di Livorno" (cópia de um original grego do século V aC); e o "Treboniano Gallo" (rosto bem realista do final do século III), além da "Minerva di Arezzo" (obra-prima original etrusca restaurada recentemente e que representa o dorso de uma mulher em roupas romanas).
Diversas outras peças que refletem o dia-dia romano decoram também essa sessão.
Destaques da Coleção Grega
A seção grega apresenta peças recolhidas de tumbas etruscas e são o resultado do comércio com a Grécia, particularmente Atenas (local de produção da maior parte dos achados) e datam do período entre séculos VI e IV a.C.
Um destaque da serão grega se dá para o "Vaso François". nomeado em homenagem ao arqueólogo que descobriu em 1844 em uma tumba etrusca na fonte Rotella, perto Chiusi, que contém um número impressionante de histórias da mitologia grega de cerca de 570 a.C.

Também se destacam o "Torso do Atleta" (século V aC) e a grande Cabeça Equina Helenística (ou da cabeça do cavalo Medici Riccardi que inicialmente foi colocada no no Palazzo Medici Riccardi), bem como os dois Kouroi di Milani em marmore.

Destaques da Coleção Egípcia
A seção egípcia (segunda maior da Italia, perdendo apenas para o Museu Egípcio de Turim) foi formada no início do século XIX por aquisições do Grão-Duque da Toscana Pietro Leopoldo após seu patrocínio a uma expedição em 1828 dos arqueólogos Ippolito Rosellini e do francês François Champollion (o mesmo que decifrou os hieróglifos).
Entre outras aquisições, importante foram os papiros de escavações de 1934-1939.
As exposições cobrem muitas das atividades diárias do antigo Egito, com objetos materiais frágeis, como madeira, tecido e osso e itens fúnebres.
Destacam-se o retrato de mulheres egípicias da necrópole de Al-Fayum e o extraordinário carro de guerra e caça.
Data do mesmo período o relevo que descreve a deusa Maat, a xícara de faiança de boca quadrado (apenas dois exemplares no mundo) e vários exemplos de figuras e objetos da vida diária.
Destaques da Coleção de Numismática do Museu ("Coin Cabinet")
A seção de numismática do Museu ("Coin Cabinet"), contém uma das mais importantes coleções de moedas e antigo na Itália, iniciada por Lorenzo, o Magnífico, e enriquecido por vários membros da família. Anna Maria Luisa, a última descendente dos Medici, doou sua herança ao Estado, na condição de que nunca saísse de Firenze.
Já no final do século XVIII, a coleção foi catalogada e gerou uma publicação de uma primeira catalogação das moedas foi feita por Giuseppe Pelli que publica um catálogo em 19 volumes.
No século XIX, a coleção foi ampliada por aquisições em leilões e, posteriormente, como resultado de escavações em vários locais da Toscana.
Atualmente, a coleção agrega cerca de 80.000 peças e, em particular, a maior coleção de moedas etruscas do mundo (1.173 peças).

Jardins e a Coleção de Túmulos Etruscos
No jardim, aberto ao público desde 1902, foram reconstruídos túmulos etruscos, entre os quais se destaca o Túmulo de Volterra e urnas de alabastro.
Outras Coleções
O museu também abriga exposições de outras culturas e períodos históricos, como:
"Paleovenetos": Peças relacionadas ao povo paleoveneto (pré-romano), que habitou a região do Vêneto na Antiguidade, incluindo objetos funerários e artefatos cotidianos. (integrada na seção etrusca/itálica do museu.)
"Civilização Villanoviana": Objetos da cultura villanoviana (séculos IX a VII a.C.), considerada precursora dos etruscos, com destaque para urnas funerárias e armas.
"Antiga Anatolia": Artefatos oriundos da Anatólia (atual Turquia) antiga, como cerâmica e objetos religiosos, ilustrando o intercâmbio cultural no Mediterrâneo
"Alta Idade Média": A Placa de Ardabur Aspar (de 434), um dos raros exemplos de arte bizantina do século V, representando o general Ardabur Aspar, em uma placa comemorativa
Trabalhos renascentista inspirados na antiguidade (como bronzes de Meloria): Bronzes renascentistas criados a partir de modelos clássicos, recuperados no local da Batalha de Meloria (1284).
Estatuetas de bronze feitas a partir de fragmentos de antigas peças, algumas das mãos de Benvenuto Cellini.
Outros Pontos Turísticos na Região 2
Atrações tradicionais ou imperdíveis
Galleria dell’Accademia (Davi original e outras obras de Michelangelo)
Atrações opcionais ou de interesse específico
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