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Firenze 05 - Museo Ferragamo

Atualizado: 4 de mai.

O Palazzo do século XIII inicialmente construído pela Familia Spini e depois compartilhado pela família Ferroni, abriga hoje o Museu Salvatore Ferragamo, que conta um pouco da história do estilista e de suas criações entre os anos 20 a 1960 e traz exposições de arte e cultura temporárias. 


O que ver no Museo Ferragamo

No museu, além de expostos os sapatos ícones de suas coleções e os moldes dos pés das suas clientes mais famosas (como Marilyn Monroe e Sophia Loren), há equipamentos usados para a produção artesanal e materiais usados nas criações.

 

O museu funciona muito com exposições temporárias temáticas, que nem sempre focam diretamente na trajetória de Ferragamo, mas sim em temas mais amplos ligados à moda, arte, cinema e cultura visual — sempre relacionados ao universo dos sapatos, pés e elegância. Desde 2023, o Museu Salvatore Ferragamo passou por algumas mudanças de curadoria, e as exposições temporárias estão ainda mais integradas ao trabalho contemporâneo de artistas e designers.


Mas para quem espera ver toda a história do designer, pode se decepcionar, pois o espaço dedicado a ele é pequeno comparado ao usado para exposições temporárias e outras exibições normalmente relacionadas a sapatos e pés; vale a pena se você estiver com tempo sobrando e optar pela visita guiada, que dá mais conteúdo às obras expostas.



A história do Palazzo onde está instalado o Museo Ferragamo

O edifício que abriga o museu carrega também bastante história. No lugar de torres (edifícios medievais) demolidas no crescimento urbano da época, o rico comerciante e político Geri Spini construiu aqui o seu palácio, sendo naquele momento o maior palácio privado em Firenze, o único que podia competir com o Palazzo Vecchio.

  


Sua versão original foi representada por Ghirlandaio nos afrescos da Capela Sassetti, na Igreja Santa Trinita.

  

No século XIV, a propriedade foi dividida em duas partes, onde habitavam 2 ramos diferentes da família.


No século XVII, o edifício foi parcialmente alterado, pois a família Spini vendeu parte da propriedade nesse período por dificuldades financeiras.

  

O palácio foi ampliado e remodelado nos séculos seguintes.

  

  

Em 1674, o Marquês Francesco Antonio Feroni (um homem de origem humilde que depois de uma vida conturbada em Amsterdã virou um rico banqueiro e logo depois recebeu um título de nobreza) tornou-se o proprietário daquela parte do edifício voltada para a Santíssima Trindade.

  

A outra metade do prédio permaneceu na família até a morte de Guglielmo Spini, que tinha uma filha única sem filhos e nomeou como herdeiro Domenico Luca Pitti, que como reconhecimento acrescentou o sobrenome Spini a seu.

  

As grandes alterações visíveis hoje são principalmente das reformas do século XIX.


Posteriormente, seu filho Roberto vendeu sua metade do edifício para o marquês Feroni, que unificou o edifício em 1807.

  

Em 1832, o edifício foi vendido a família Hombert, que lá abriu o Hotel de l'Europe. Nessa altura, o edifício ficava próximo ao Arno, com passagem através do "arco de Santa Trinita".

  

A cidade o comprou em 1846 e transferiu para lá sua sede durante os anos em que a Capital da Italia recém-unificada era Firenze (e o Palazzo Vecchio passou a ser a sede da capital), permanecendo ali até 1881.

  

Durante algum tempo sediou a sede do Gabinete Vieusseux (instituição cultural histórica de Florença, fundada em 1819 pelo comerciante e intelectual suíço Giovan Pietro Vieusseux e que posteriormente transferido para o Palazzo Strozzi.).


Depois, sediou uma biblioteca e um centro cultural, quando sofreu uma reforma que restaurou seu estilo neomedieval que, ao contrário de palácios renascentistas, apresentava a aparência sólida de uma fortaleza defensiva, típica de quando a família tinha que se proteger de seus concidadãos.

  

Em 1881 foi adquirido pela Cassa di Risparmio di Firenze.

  

Em 1938, o edifício foi comprado por Salvatore Ferragamo, que lá instalou a sede de sua empresa, laboratório de design e uma loja.

  

Em 1995, no porão do prédio, foi aberto o Museu Salvatore Ferragamo.


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