Capacitação Náutica 10 - Treinamento Prático
- Anna Karen Moraes Salomon
- 4 de out. de 2021
- 1 min de leitura
E aquele ditado é verdade: a repetição é a mãe do aprendizado.
Junto com todos os treinamentos técnicos — certificações, teoria náutica, mecânica, costura — a gente tinha mesmo é que colocar a mão na massa (ou nos cabos!). Sabíamos que nada substitui a vivência prática. E que quanto mais experiências reais e treinamento in loco a gente acumulasse, mais seguros estaríamos para os desafios da vida a bordo.
Então a gente velejava o máximo possível. Aproveitava cada fim de semana, cada brecha de sol e de chuva, cada oportunidade para zarpar. E mais do que isso: resolvíamos nós mesmos tudo o que fosse possível. Desmontar, montar, entender, testar, repetir. Não como obrigação, mas como construção de confiança.
Um exemplo simples, mas marcante: o dia em que o lazy jack quebrou — aquele conjunto de cabos que desce do mastro até a retranca e serve para direcionar a vela grande corretamente para dentro do “saco” da vela quando ela é baixada. Henry fazendo a segurança toda no convés, atento a cada detalhe; Anna, lá em cima no mastro. Lá do alto, com vento no rosto e ferramentas na cintura, a missão era reconectar os cabos e garantir que a vela voltasse a operar com segurança.

Não foi perfeito. Nada é na primeira vez. Mas foi nosso e fizemos juntos. E o mais importante: funcionou.
Treinar tudo antes de precisar. Repetir até virar instinto. Conhecer seu barco como se conhece uma casa, um corpo. Porque, no fim, o barco é tudo isso: abrigo, movimento, identidade.
E quanto mais sabemos, mais livres somos.
Comentários