Grécia - Peloponeso: Gytheio
- Anna Karen Moraes Salomon
- 9 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de ago.
Gytheio, no sudeste do Peloponeso, na Grécia, um porto natural que historicamente serviu como principal via de comunicação com o mar, é uma cidade na região de Mani que fica super animada no alto verão. Com suas casas neoclássicas coloridas emoldurando o litoral, restaurantes junto à água e uma atmosfera de cidade portuária tradicional, Gytheio combina passado e presente com autenticidade.

Fomos fora do alto verão, então a cidade estava bem tranquila, mas pelo número de mesas das tavernas no calçadão em frente a baia, o lugar parece ficar realmente agitado entre julho e agosto, só não sabemos com que tipo de público.
Não que tenha grandes atrações (só umas ruínas de um anfiteatro romano que não valem a caminhada e um naufrágio que fica a uns 3 km da cidade em uma praia cheia), mas com suas tavernas com comidas tradicionais bem preparadas e sua baia com águas transparentes e, dependendo do vento, protegida, pode ser um bom ponto de parada, especialmente para quem vai visitar o Parque Arqueológico de Mystras.
Origem desse nome
O nome "Gytheio" (ou "Gythio") deriva possivelmente das palavras gregas antigas "gy" (terra) e "theos" (deus), significando algo como "terra de deuses" ou "terra divina". Outra possibilidade é que tenha vindo de um nome pessoal antigo. De qualquer forma, o nome evoca a importância mitológica e histórica da região.
Um pouco da história desse destino
Segundo a mitologia, Gytheio teria sido fundado por Hércules e Apolo. Mais tarde, tornou-se o principal porto de Esparta e, durante a era romana, floresceu como um centro comercial e naval.
A cidade foi destruída por um terremoto no século IV d.C., mas ressurgiu na Idade Média e, no período moderno, cresceu como uma base naval e cidade comercial.
Curiosidades
Uma curiosidade é que a pequena Ilha de Cranae, ligada à cidade por um istmo, é onde, segundo a lenda, Pâris e Helena de Tróia passaram a primeira noite juntos antes de fugirem para Tróia. A história dá um tom romântico ao local, que hoje abriga um museu e um farol.
Outro fato curioso é que Gytheio foi um centro de produção de tintura púrpura na Antiguidade, extraída de moluscos. A cor era altamente valorizada no mundo clássico e reservada à realeza. Essa tradição deixou marcas culturais e econômicas na região por séculos.
O que ver por lá
Veja aqui as principais atrações da cidade, seguidas de uma indicação entre parênteses da sua relevância turística variando de 1 - imperdível a 5 - interesse específico.
Cranae (ou Kranai): ilha ligada ao continente, com farol de pedra e museu da tradição maníota (1)
Museu Histórico e Etnológico de Mani: localizado em Cranae, conta a história e os costumes da região (2)
Passeio pelo calçadão beira-mar: com vista para barcos coloridos, casas neoclássicas e tavernas (1)
Ruínas do antigo teatro romano: vestígios de um teatro do período romano com acesso livre (3)
Praia de Mavrovouni: extensa faixa de areia nos arredores da cidade, popular entre locais e turistas (2)
Igreja de Agios Petros: pequena igreja tradicional no centro histórico (4)
Navio naufragado Dimitrios: encalhado na praia de Valtaki, a poucos km da cidade, é um dos pontos mais fotografados da região (1)
Dicas de Restaurantes
Saga Fish Restaurant: Restaurante à beira-mar especializado em frutos do mar frescos, oferecendo pratos como polvo grelhado e camarões saganaki, com destaque para a vista panorâmica e ambiente acolhedor (Avaliação média: 4.8/5).
Η ΤΡΑΤΑ (I Trata): Taverna tradicional grega conhecida por seus pratos autênticos, como moussaka e cordeiro assado, servidos em um ambiente familiar e descontraído (Avaliação média: 4.7/5).
Treis Laloun & Dio Chorevoun: Restaurante que combina influências mediterrâneas e gregas, oferecendo pratos criativos em um ambiente moderno e elegante (Avaliação média: 4.7/5).
*Notas da Avaliação Média do TripAdvisor em Maio de 2025
Dicas para quem chega lá de barco
Boa parada: Gytheio possui um porto com estrutura básica para atracação mas com pouco espaço, mas tem uma baia com bons fundos e proteção razoável.
Abastecimento fácil: mercados, padarias e serviços diversos estão a poucos minutos a pé da doca.
Cuidado com ferragens: algumas partes do cais têm ganchos de ferro e cabos salientes que exigem atenção ao atracar.
Ventos locais: em dias de Meltemi, a baía pode ficar agitada. Prefira atracar ao fundo do porto, onde há mais proteção.
Acesso urbano: para quem quer aproveitar uma parada mais "urbana", Gytheio é uma ótima opção entre os vilarejos menores de Mani e especialmente para acessar o Parque Arqueológico de Mystras.
Aluguel de carro: quando fomos, só tinha uma agência laugando carro por lá (Rozakis +306977452674). outras até entregam o automóvel em Gytheo, mas vem de outras cidades e exigiram ao menos 5 dias de locação, o que normalmente não vale a pena para quem está de barco.
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