Grécia - Peloponeso: Finikounda
- Anna Karen Moraes Salomon
- 20 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de jun.
Finikounda é uma vila litorânea no sudoeste do Peloponeso, na Grécia, que cresceu em torno de uma baía protegida, entre Methoni e Koroni. Menos turística do que as vizinhas históricas, atrai quem procura um ponto de ancoragem simples, praias acessíveis e uma atmosfera direta, com tavernas à beira-mar e barcos de pesca coloridos ancorados ao lado de catamarãs modernos. Ideal para uma ancoragem tranquila e para aproveitar uma água de uma transparência e de um turquesa in-crí-veis!

Origem desse nome
O nome "Finikounda" (Φοινικούντα) tem raízes que remontam ao termo “phoinix” — referência aos fenícios, povo que teria utilizado a baía como entreposto comercial na Antiguidade. O nome sugere uma ligação com as rotas marítimas fenícias no Mediterrâneo oriental, especialmente no transporte de corantes, metais e cerâmicas.
Um pouco da história desse destino
A área de Finikounda era usada como ponto de apoio desde os tempos antigos, mas só começou a se consolidar como vila de pescadores no século XIX, após a queda do Império Otomano.
Nos anos 1950 e 60, era um destino de veraneio modesto para gregos da Messênia, até que velejadores e turistas europeus começaram a descobrir o lugar — inicialmente por acidente, depois por recomendação.
Curiosidades
Um detalhe curioso é que, até os anos 1980, Finikounda não aparecia em muitos mapas turísticos da Grécia, e isso criava histórias engraçadas entre navegadores: alguns achavam que haviam fundeado em um vilarejo sem nome, outros colocavam apelidos próprios para a enseada, como “porto dos figos” ou “a curva antes de Methoni”.
Outra peculiaridade é que a vila atrai um número desproporcional de visitantes franceses, a ponto de haver cardápios bilíngues em tavernas locais — grego e francês, sem inglês.
E, como em boa parte da Grécia costeira, há gatos. Muitos. Em Finikounda, é comum vê-los sentados lado a lado com pescadores nas docas, como se esperassem o jantar ser anunciado por uma sineta.
O que ver por lá
Finikounda não é, na nossa experiência, um destino para se visitar em terra. O que é bom ali é a baia tranquila e a água cristalina, o que faz o lugar uma ótima opção de parada para ancoragem quando se está dando a volta no Peloponeso.
O mar é mais bonito do que a praia, que é estreia e cheia de cadeiras dos bares e restaurantes, mas fica aqui o que lemos a respeito do local (seguidas de uma indicação da sua relevância turística entre 1 (imperdível) a 5 (interesse específico)).
Praia Central de Finikounda: faixa de areia extensa e de águas rasas, ideal para banho e caminhada, com tavernas e cafés próximos (3)
Passeio pelo cais e vilarejo: docas com barcos de pesca e caminho à beira-mar com lojas e restaurantes simples (3)
Igreja de Agios Nikolaos: pequena igreja branca no centro da vila, dedicada ao padroeiro dos marinheiros (4)
Nos arredores: Ilha de Sapientza: ilha em formato de coração, localizada a cerca de 7 km de Finikounda, acessível por barco privado; tem floresta, ruínas de farol e trilhas (2)
Nos arredores: Praia de Mavrovouni: praia ampla e pouco movimentada a 3 km da vila, procurada por quem prefere mais espaço e menos vozes (3)
Dicas de Restaurantes
Tsapagas: Taverna tradicional grega conhecida por seus pratos autênticos e ambiente acolhedor, destacando-se pela qualidade da comida e atendimento amigável (Avaliação média: 4.6/5).
Lemon Drops: Restaurante que oferece uma variedade de pratos mediterrâneos com um toque moderno, apreciado por sua atmosfera descontraída e serviço atencioso (Avaliação média: 4.5/5).
Aris Grill House: Especializado em grelhados e fast food mediterrâneo, reconhecido por suas porções generosas e preços acessíveis, sendo uma escolha popular entre os visitantes (Avaliação média: 4.4/5).
*Notas da Avaliação Média do TripAdvisor em Maio de 2025
Dicas para quem chega lá de barco
Ancoragem fácil e protegida: a baía de Finikounda oferece abrigo razoável com fundo de areia. Boa profundidade e espaço suficiente mesmo em julho e agosto.
Cais disponível, mas limitado: há espaço para amarrar no pequeno cais pesqueiro, mas não há marina formal. Em caso de lotação, fundeio com uso de dinghy é a alternativa mais segura.
Reabastecimento prático: mercados, padarias e pequenas lojas estão a menos de 5 minutos a pé do cais. Água pode ser obtida com acordos informais com comerciantes locais.
Combustível: não há posto diretamente no porto. Pode-se organizar entrega via galões, muitas vezes com apoio de tavernas — especialmente se você almoçar lá.
Excelente ponto de parada entre Methoni e Koroni: para quem está navegando pela costa da Messênia, Finikounda funciona bem como pernoite entre dois destinos históricos.
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