#12 Manual de Visitas: A vida a bordo... Lixo
- Paula Bischoff Moraes Zapparoli
- 7 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de set.
Anote aí!
Se possível, jogue fora embalagens e outras coisas desnecessárias em terra antes de
voltar para o barco para não gerar lixo desnecessário.
Dentro do barco, dobre, corte e compacte as embalagens antes de jogar fora.
Infelizmente, normalmente não há segregação do lixo para reciclagem.
Se for necessário, lave o item antes de jogar para evitar mau cheiro.
Não jogue NADA no mar quando estiver em marinas ou ancorado próximos a outros barcos. Em alguns caos, lixos orgânicos podem ser jogados em alto-mar ou em ancoragens vazias, mas pergunte antes!

Manual de Visitas GiraMondo #12:
Saiba como funciona o descarte de lixo a bordo e a importância da sustentabilidade durante a viagem.
Quando estamos em uma marina ou portos públicos, a maior dificuldade de lidar com o lixo é o fato de que provavelmente nós temos que carregar os sacos até uma lixeira que nem sempre está próxima do barco... até porque em termos de higiene e cheiro, sempre vamos preferir estar aportados o mais longe possível das latas de lixo.
Já quando estamos na âncora ou na poita, a coisa fica mais complicada. Cada vez que o lixo enche, temos que carregar os sacos através do bote até algum lugar que tenha uma lata de lixo. Parece fácil, né? Pois não é! Tem lugares em que não tem lixeira perto de onde desembarcamos, e temos que ficar carregando o lixo pela cidade até achar um lugar para descartá-lo. Outros locais, ainda, acredite se quiser, cobram dos residentes uma taxa de limpeza e por isso as latas de lixo são trancadas, com acesso limitado. Outros ainda permitem jogar, mas teremos que pagar uma taxa em algum lugar específico e só aí teremos o direito de usar o sistema público de coleta.
Assim, tentamos ser o mais econômicos possível com a produção de resíduos. Por exemplo, tentamos trazer o mínimo de itens que serão posteriormente descartados: quando fazemos compras, descartamos papelões, caixas e embalagens desnecessários no próprio supermercado ou na lixeira da marina, para evitar trazê-los a bordo.
Já no barco, tentamos dobrar bastante ou até cortar embalagens após usá-las para ocupar o mínimo de espaço quando forem para a lata de lixo. Isso vale também para o que é descartado nas lixeirinhas dos banheiros.
Por fim, coisas limpas não cheiram: aquela lata usada de refrigerante, cerveja ou comida precisa ser lavada por dentro antes de jogada no lixo até que possa ser descartada definitivamente. Antes do jogar no lixo avalie se não é melhor dar uma lavada antes, para evitar que o cheiro se espalhe pelo barco.
E o que é óbvio, mas não custa falar: nada de plástico, papel ou qualquer outro descarte não biodegradável pode ser jogado no mar. Há uma discussão sobre se restos orgânicos, como sobras de comida, podem ou não ir para o mar; a sugestão é não jogar se estiver perto da costa, em marinas ou perto de outros barcos, pois eles podem chegar na praia ou no vizinho caso os peixes não se interessem em comê-lo (na verdade, em alguns lugares é proibido por lei jogar QUALQUER coisa na água).
Infelizmente, a estrutura das marinas e da maior parte das cidades onde passamos não conta com sistemas de coleta seletiva para reciclagem de lixo. Por esse motivo, aliado a falta de espaço interna no barco, não temos reserva separada para reciclagem. A nossa contribuição pode ser então a redução dos descartes e reutilização do que for possível.



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